domingo, 18 de dezembro de 2016

MONDO PER ME

Pequenos relatos de uma semana acadêmica em Curitiba- PR.

eu nunca estive na França, mas conheço o centro de Curitiba e sinto calafrios percorrerem o corpo quando observo intermitentemente as obras de Anita Mafaltti, principalmente O Farol que vai me sugando pedacinho por pedacinho como se de repente eu pudesse estar sentindo aquela brisa fresca, o vento soprando as árvores na volta, sentindo aquele cheiro de café fresco vindo as casas ao fundo.

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"Isso tudo tem cara de casa, é como se essa vida me chamasse. Todo sotaque é um infinito universo de possibilidades" Eu nunca estive em Madrid, mas minha língua automaticamente situa-se quando cruzo um colombiano no café da manhã, também nunca senti o cheiro da Colômbia ou ouvi suas cores, eu apenas posso escutar com o peito todas as experiencias vividas e senti-las na pele. Transmutando.

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No passeio público, um macaco aranha olhava para nós, acho que em seu entendimento de mundo, nós eramos os seres curiosos estranhamente grandes e coloridos. Também emitíamos sons que ele nunca reconheceria, sordidamente estranhos, lindamente iguais.

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mas hoje, acho que hoje me entendo mais como baleia, pois se outrora o medo da vida era meu único companheiro(cervo), hoje sinto em pele a noção de imensidão, mas também de meu peso para comigo mesma, nada disso me impede de seguir flutuando.

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é no limbo da folha tricomada onde eu mais me perco, um minuto e já divago sobre a sociedade de consumo, monólogos universais, questões apuradíssimas, outras sintomáticas terrestres e nosso estar na Terra. Um folha, um minuto, a eternidade de pensamentos. 

























  

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